Quando ouvia falar de pessoas que sofriam desastres cumulativos (por exemplo, um acidente de automóvel, perder o emprego e pegar o namorado na cama com a irmã, tudo numa única semana), pensava que a culpa era dessas pessoas. bem, não exatamente culpa. Mas, se as pessoas se comportassem como vítimas, tornar-se-iam vítimas. Se esperassem que o pior acontecesse, então ele invariavelmente aconteceria. Via, agora, como estava errada. Algumas vezes, as pessoas não se apresentam voluntariamente para serem vítimas, mas se tornam vítimas, de qualquer jeito. Não é culpa delas. Soube, então, que a vida não respeita circunstâncias. A força que atira em nós desastres não diz: "Bem, não darei a ela aquele caroço no seio antes de pelo menos um ano. É melhor deixar que se recupere primeiro da morte da mãe". A vida simplesmente vai em frente e faz o que tem vontade, sempre que tem vontade. Percebi que ninguém é imune à síndrome do desastre cumulativo.
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